Palestrantes

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Ferreira Gullar

Poeta maranhense – Imortal da Academia Brasileira de Letras

José Ribamar Ferreira nasceu na capital do Maranhão e era um dos onze filhos que teriam seus pais, Newton Ferreira e Alzira Ribeiro Goulart. Modificou seu nome aos 18 anos, adotando o “Goulart” materno, adaptado a uma grafia portuguesa. Durante a adolescência, descobriu a poesia clássica e em seguida, Carlos Drummond de Andrade e Murilo Mendes, entre outros. Seu primeiro livro, “Um pouco acima do chão” (1949) acabou excluído de sua bibliografia. Em 1950, com o poema “O galo”, ganhou um concurso promovido pelo Jornal de Letras, tendo no júri Manuel Bandeira, Willy Lewin e Odylo Costa Filho. Ferreira Gullar mudou-se para o Rio de Janeiro em 1951, onde conheceu o crítico de arte Mário Pedrosa e o escritor Oswald de Andrade, e trabalhou como revisor na revista “O Cruzeiro”. Em 1954, publicou “A luta corporal”, cujo projeto gráfico chamou a atenção de Augusto e Haroldo de Campos e Décio Pignatari. Gullar trabalhou na revista “Manchete” e no “Diário Carioca”, e depois se engajou no projeto do “Suplemento Dominical” do “Jornal do Brasil”. Gullar participou da I Exposição Nacional de Arte Concreta no MASP, em 1956. No ano seguinte, quando a mostra foi para o Rio de Janeiro, distanciou-se do grupo concretista de São Paulo. Em 1958, lançou o livro “Poemas”. Um ano depois, redigiu o “Manifesto Neoconcreto”, publicado no “Suplemento Dominical” e também assinado por Lygia Pape, Franz Waissman, Lygia Clark, Amilcar de Castro e Reynaldo Jardim, entre outros. “O manifesto” abriu o catálogo da I Exposição de Arte Neoconcreta, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Em 1961, Gullar assumiu a direção da Fundação Cultural de Brasília no governo de Jânio Quadros. Na instituição, que dirigiu até outubro de 1961, construiu o Museu de Arte Popular. A partir de 1962, passou a fazer parte do Centro Popular de Cultura (CPC) da União Nacional dos Estudantes e trabalhou na sucursal carioca de O Estado de S. Paulo. Nesse ano, publicou “João Boa-Morte, cabra marcado para morrer” e “Quem matou Aparecida”. Após ser eleito presidente do CPC, em 1963, filiou-se ao Partido Comunista em abril de 1964, ano em que fundou o grupo Opinião, com Oduvaldo Vianna Filho, Paulo Pontes e outros. Em 1966, a peça “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”, escrita em parceria com Oduvaldo Viana Filho, conquistou os prêmios Molière e Saci. No ano seguinte, o grupo Opinião encenou, também no Rio, a peça “A saída? Onde está a saída?”, escrita em parceria com Antônio Carlos Fontoura e Armando Costa. Durante o governo militar, em 13 de dezembro de 1968, Gullar foi preso em companhia de Paulo Francis, Caetano Veloso e Gilberto Gil. Em 1969, ainda lançou o ensaio “Vanguarda e subdesenvolvimento”, mas passou a dedicar-se à pintura e, em 1971, pariu para o exílio, morando em Moscou e depois em Santiago, Lima e Buenos Aires. Durante esse período, colaborou com O Pasquim, sob o pseudônimo de Frederico Marques. Em 1975, publicou “Dentro da noite veloz” e escreveu, em Buenos Aires, o famoso “Poema sujo”, que chegou ao Brasil gravado em uma fita, trazida por Vinicius de Moraes e publicado no ano seguinte pela editora Civilização Brasileira. O lançamento do livro no Rio de Janeiro tornou-se um ato pela volta de Gullar, que acabou retornando ao Brasil em 10 de março de 1977. Nesse ano, lançou “Antologia Poética” e “La Lucha Corporal y Otros Incêndios”, publicado em Caracas, Venezuela. No ano seguinte, gravou o disco “Antologia Poética de Ferreira Gullar” e a peça teatral “Um rubi no umbigo” foi encenada. Seu livro “Na Vertigem do Dia” foi publicado em 1980 e “Toda poesia” marcou seus 50 anos de vida. Lançou ainda o livro “Sobre Arte”, uma coletânea de artigos publicados na revista Módulo, entre 1975 e 1980. Em 1985. Gullar foi premiado com um Molière por sua versão para “Cyrano de Bergerac”, de Edmond Rostand. Dois anos depois, lançou o livro de poemas “Barulhos”. Em 1989, publicou ensaios sobre cultura brasileira em “Indagações de Hoje”. Assumiu a direção do Instituto Brasileiro de Arte e Cultura em 1992, permanecendo até 1995. Criticou as vanguardas no livro “Argumentação Contra a Morte da Arte”, em 1993, criando polêmica entre artistas plásticos. No ano seguinte, morre sua mulher, Thereza Aragão, produtora e pesquisadora de música popular brasileira, com quem teve três filhos. Em 1997, lançou “Cidades inventadas” e passou a viver com a poeta Cláudia Ahimsa. “Rabo de Foguete – Os Anos de Exílio” é publicado em 1998. No ano seguinte, lançou “Muitas vozes” e foi agraciado com o Prêmio Jabuti, na categoria poesia. Em 2000, recebeu o Prêmio Multicultural Estadão, de O Estado de São Paulo, pelo conjunto de sua obra.

 


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Maria Helena de Moura Neves

Linguística e Língua Portuguesa – Unesp/Araraquara – SP

Licenciada em Letras (em Português-Grego e em Alemão) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1970 e 1974, respectivamente), doutora em Letras Clássicas (Grego) pela Universidade de São Paulo (1978) e livre-docente (Língua Portuguesa) na Universidade Estadual “Júlio de Mesquita Filho” (1984). É bolsista de Produtividade em Pesquisa – nível IA do CNPq. É professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da UNESP – Araraquara, atuando na Pós-Graduação em Letras. É coordenadora do grupo de pesquisa Gramática de Usos do Português do CNPq e Membro dos grupos de pesquisa: Grupo de Estudos Lexicográficos, do CNPq, sob direção do Prof. Francisco da Silva Borba e Gramática do Português Falado, do CNPq, sob direção do Prof. Ataliba Teixeira de Castilho. É coordenadora da equipe que elabora o Volume de Sintaxe I da Consolidação da Gramática do Português Falado, sob direção do Prof. Ataliba Teixeira de Castilho. É coordenadora, juntamente com Daisi Malhadas e Maria Celeste Consolin Dezotti, do Dicionário Grego-Português, em 5 volumes (1º Vol publicado; 2º Vol. no prelo). Desenvolve trabalhos na área de Lingüística, com ênfase em Teoria e Análise Lingüística, e especialmente nos temas Gramática de Usos, Texto e Gramática, História da Gramática, Descrição da Língua Portuguesa e Funcionalismo. É autora, entre outros, dos livros: Texto e gramática. São Paulo: Contexto, 2006; Dicionário grego-português. v. I. alfa – delta. São Paulo: Editora Ateliê. 2006 (em co-autoria); Guia de uso do português: confrontando regras e usos. 2.ed. São Paulo: Ed. UNESP, 2005 [2003]; A vertente grega da gramática tradicional. Uma visão do pensamento grego sobre a linguagem. II ed. São Paulo: Ed. UNESP, 2005; Dicionário Unesp do português contemporâneo. São Paulo: Ed. UNESP, 2005 (em co-autoria); Que gramática estudar na escola? 2 ed. São Paulo: Contexto, 2004 [2003]; A gramática: história, teoria e análise, ensino. 2 ed. São Paulo: Ed. UNESP, 2005 [2002]; Dicionário de usos do português do Brasil. São Paulo: Ática, 2002 (em co-autoria); Gramática de usos do português. 4 ed. São Paulo: Ed. UNESP, 2004 [2000]; A gramática funcional. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001 [1997]; Gramática na escola. 8. ed. São Paulo: Contexto, 2005 [1990]. É membro do Conselho Consultivo de 12 periódicos especializados e é consultora/parecerista de seis Fundações de Amparo à Pesquisa.

 


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Maria Silvia Antunes Furtado

Teoria Literária – UEMA

 

Professora Adjunto da Universidade Estadual do Maranhão, Doutora em Teoria Literária pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Líder do Diretório do Grupo de Pesquisa Literatura, Linguagem e Psicanálise, juntamente com a Professora Andrea Teresa Martins Lobato e Membro da Escola de Psicanálise do Maranhão.

 


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Thaïs Cristófaro da Silva

Linguística/Fonética e Fonologia – UFMG

 

Titular da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais e Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq, nível 1C. Mestre em Linguística pela UFMG (1986), Doutora em Linguística pela Universidade de Londres (1992) e Pós-Doutorado na Universidade de Newcastle (2002) e na PUCMINAS (2011). Foi Presidente da Associação Brasileira de Linguística – ABRALIN, gestão 2005-2007; Coordenadora da Câmara de Pesquisa em Ciências Sociais, Humanas e Artes da FAPEMIG (Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais) entre 2009-2012; coordenadora do GT de Fonética e Fonologia da ANPOLL no biênio 2010-2012. Atua no Programa de Pós-graduação em Estudos Linguísticos (POSLIN), vinculada à Linha de Pesquisa: FONOLOGIA. Coordena o Laboratório de Fonologia, da Faculdade de Letras da UFMG onde desenvolve os seguintes projetos de pesquisa: 1) Difusão Lexical: uma abordagem dinâmica da organização lexical (CNPq 30.65.95/2011-7); 2) E-labore: Laboratório Eletrônico de Oralidade e Escrita (COEP UFMG, ETIC 235/08) e 3) Emergência de Padrões Fonológicos (PPM-VI-00357-12) e Dinamicidade das representações mentais: estudos em sonoridade (IEAT). Resultados de pesquisa referentes a estes e outros projetos já concluídos podem ser obtidos na página na internet: www.letras.ufmg.br/cristofaro (ver publicações) e em www.projetoaspa.org para resultados de pesquisa em curso do Projeto ASPA.  Em parceria com o professor Hani Camille Yehia, da Escola de Engenharia da UFMG, desenvolveu uma proposta de ensino interativo de Fonologia e Fonética que pode ser acessada em www.fonologia.org. Este projeto busca também documentar amostras de áudio de diversas regiões do Brasil. A atuação científica de Thaïs Cristófaro Silva centra-se em fonologia, fonética, variação sonora e aquisição da linguagem oral e escrita acolhendo alunos com formação em diversas áreas do conhecimento – Letras, Fonoaudiologia, Psicologia, Engenharia, etc. – para supervisão e desenvolvimento de projetos. Sua atuação profissional tem caráter multidisciplinar, sobretudo vinculando-se à Linguística Teórica e Aplicada, com ênfase em fonologia, fonoaudiologia e tecnologia de fala.

 

https://www.youtube.com/watch?v=3SXsRoijtTA


 

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